Faz quase 20 anos que eu ingressei na área farmacêutica e desde o meu estágio na farmácia magistral eu acompanhei de perto o trabalho de um propagandista (até eu me formar e atuar como um!).
De lá para cá muitas coisas mudaram nesse processo, já outras (relacionadas ao comportamento humano) permaneceram iguais.
Esse profissional tem muitas denominações e é chamado por muitos nomes diferentes – embora em todas as ocasiões atuem da mesma maneira – tem locais que são chamados de “reps”, representantes, propagandistas, representantes e visitadores.
A principal função desse profissional é fazer a propaganda da empresa que trabalha com os profissionais prescritores, estabelecer laços profissionais e atualizar os prescritores sobre as novidades do segmento que sua empresa atua.
Esse é o Papel Social do Propagandista.
Cultura organizacional
Nesse quesito cada empresa difere bastante, uma vez que as questões culturais e estratégicas são muito particulares.
Cada empresa tem seu programa de treinamento, algumas têm seus planos de carreira, a missão, a visão, a história e, claro, os valores bem definidos.
Se um propagandista deseja ser feliz em sua profissão, na minha opinião a conexão dos valores da empresa com seus valores pessoais é um dos primeiros passos para alcançar a felicidade e plenitude enquanto exerce sua função.
Propagandista poderoso: alta performance e ferramentas poderosas
Dessa forma a alta performance pode ser alcançada de forma orgânica (não tem coisa mais insuportável que você trabalhar numa empresa onde suas crenças e valores estão sempre brigando com aquelas da empresa).
Ao propagar seus produtos e serviços os propagandistas utilizam como ferramentas de trabalho os visual-aids (conhecidos também como papers, materiais para visitação).
Esses documentos são elaborados através de estudos e artigos científicos, fornecendo informações valiosas, sérias e comprovadas por uma série de estudiosos mundialmente conhecidos.
Já que esses estudos são publicados em revistas de circulação internacional são amplamente conhecidos da comunidade médica.
Eu sei que nesse momento você pode estar pensando “-Ah, Marlon, mas a maioria dos médicos estão sempre em congressos, fazendo cursos, atualizando-se”.
Eu te pergunto: “-Você tem certeza disso?”.
Assim como em todas as profissões, existes profissionais com diferentes tipos de grau de conhecimento acerca de determinado assunto.
O mesmo acontece na medicina.
Eu me arriscaria dizer que os profissionais mais jovens têm mais “sede” por conhecimento, mas isso seria uma generalização de minha parte (e eu não gosto de ser generalista).
Acredito que esse exemplo venha de casa mesmo, pois meu irmão mais novo é médico (formou-se aos 24 anos) e antes de completar seus 30 anos já estava com duas especializações e é um cara que eu admiro muito por estar sempre estudando, atualizando seus conhecimentos e com um senso crítico aguçadíssimo.
Tenho muitos amigos médicos também a boa parte deles são atualizadíssimos (nem todos, novamente – sem generalizações).
Aí que entra o propagandista no contexto social: esse profissional que visita diretamente os consultórios é capaz de propagar informações científicas e atualizar profissionais que nem estavam pensando nisso naquele momento.
É a famosa jornada do conhecimento que cresce e aumenta em cada visita, em cada vez quer o propagandista retorna ao mesmo profissional levando ainda mais conhecimento aos seus “clientes”.
Há de se destacar ainda o papel social exercido por esse profissional, que leva novas opções terapêuticas e novos fármacos, o que significa, na prática, levar saúde às pessoas.
Os desafios deste profissional mudaram muito ao longo dos anos.
Compartilho com você um relato apresentado por Tiago Puttzel, nosso gerente comercial:
Perguntei se a dermatologista recebia visitas de farmácias de manipulação…
Por necessidade particular, entrei em contato com duas farmácias de manipulação de Floripa, orcei uma formulação simples de minoxidil a 3% na base de gel, ambas me passaram o valor, com diferença de 8 reais de uma para a outra.
Então perguntei se faziam visitas aos prescritores, ambas comentaram que não, devido a situações particulares e dificuldade em chegar nos prescritores.
Decidi então ir a uma dermatologista, sem hora marcada, consegui um encaixe, fiz minha consulta e durante a analise, percebi muitas, mas muitas amostras da indústria disponíveis no consultório da mesma.
Perguntei então se ela recebia visitas de farmácias de manipulação eis a resposta:
“Tive apenas uma ou duas, vieram todas empolgadas, mas logo pararam de visitar, queria mais vezes pois tenho dificuldade de saber quanto prescrever.”
Logo comentei que gostaria que ela me prescrevesse Minoxidil 3% com base de Gel e algum ativo que não ressecasse a pele.
Ela não soube muito o que prescrever, colocou a minha sugestão, mas sem o produto para ressecamento, acabou mandando outro produto complementar, sem a associação no mesmo frasco, disse que iria auxiliar”.
Ela tem dificuldade em prescrever manipulado, e só de industrializado me prescreveu mais de R$ 250,00 reais.
Ofereci a possibilidade de fazer o pedido para um representante de farmácia de manipulação visita-lá,ela ficou bem feliz e disse que não entende por que eles não fazem isso sem precisar pedir, disse ainda: “sem eles não conseguimos acompanhar todas as atualizações de mercado”…
Pergunto então… “o mar não está pra peixe, ou muitas farmácias estão jogando a toalha ao invés de jogar a rede.” é complicado visitar mediante tantas situações?
Sim concordamos, mas tente você visitar e se relacionar levando material técnico científico para pelo menos 10 prescritores de modo frequente e comprove o seu retorno financeiro junto aos mesmos.
Neste caso os medicamentos manipulados saíram por R$ 48,00 e os demais produtos industrializados ficaram por R$ 263,00.
Visitação médica funciona. Basta utilizar a técnica e a ferramenta certa.
E nós podemos te ajudar a implantar e utilizar ambas.
Cresça conosco!